Desafio 52 livros – Março

Desafio 52 Livros Março

O mês de Março apresentou-se como um verdadeiro desafio – atrasei-me na leitura e ficou um livro a meio. Mas não estou muito preocupada pois espero conseguir recuperar no próximo mês. Afinal de contas, estou a ler mais do que um livro por semana (se contar com os livros de desenvolvimento pessoal), o que já de si é uma grande superação pessoal.

Mas afinal o que correu mal? Simplesmente a vida pôs-se no caminho. Apesar de ter tudo muito bem planeado, nem sempre as coisas correm como eu desejo e as prioridades mudam. No entanto, não é caso para me desanimar. Estou muito contente com os resultados e não vai ser um contratempo que me vai fazer desistir.

Se existe algo que tenho aprendido com este desafio, é a ter alguma flexibilidade. Se não consigo por alguma razão acabar um livro numa semana, acabo na próxima e compenso com o livro seguinte. Assim, vou conseguindo manter o meu plano de leitura.

Para saberem mais sobre os meus desafios de leitura para 2017, leiam aqui o meu post. Para saberem mais sobre o meu “Desafio: 52 livros”, espreitem aqui.

O que li no mês de Março – Desafio: 52 livros

9 . Uma fábula – “A Quinta dos Animais” de George Orwell

É um livro que se lê com muita facilidade. Uma verdadeira crítica à nossa sociedade que apesar de ter sido escrita em 1945 continua bastante actual. Sem querer revelar o final do livro, não resisto em deixar aqui a moral que tirei da história – muitas vezes criticamos uma situação ou pessoa, e no entanto, dada a oportunidade, fazemos exactamente aquilo que criticámos ou tornamo-nos na pessoa que não queríamos.

10 . Um livro sobre criatividade – “The War of Art” de Steven Pressfield

Adorei ler este livro. O autor explica de onde vem a inspiração para trabalhar, a sua musa. Como escritor depara-se todos os dias com aquilo a que chama de “Resistência”, um inimigo da criação, aquilo que nos leva a não fazer nada.

No final, fala também em como o artista, escritor, pintor, músico ou criador de algo deve manter-se fiel aos seus talentos. Termina o livro com a seguinte frase: “Creative work is not a selfish act or a bid for attention on the part of the actor. It’s a gift to the world and every being in it. Don’t cheat us of your contribution. Give us what you’ve got.”

11 . Uma história infantil – “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll

O livro foi-me oferecido pela minha mãe, a meu pedido, e antes de o ler tentei perceber se se tratava de uma versão completa e original mas não encontrei nenhuma referência no livro que o clarificasse. Assumi que era a versão original traduzida, mas à medida que o ia lendo não conseguia relacionar-me com as personagens – pareciam-me pouco exploradas. Na realidade parecia que a história estava a ser contada a correr.

Quando acabei de ler, confesso que me senti um pouco desiludida. No entanto, é uma história que valeu a pena recordar, pois já não me lembrava de muitas personagens.

Passado uma semana, vi o filme do Tim Burton e qual não foi o meu espanto quando vi as flores a falarem e percebi que estas personagens não estavam mencionadas no livro que li. E agora recordo-me bem delas na versão original. Muito provavelmente o livro que li é uma versão reduzida e vou ter que encontrar uma versão completa, mas desta vez vou experimentar ler o original em inglês.

12 . Um livro que comecei mas que nunca acabei – “Kyoto” de Yasunari Kawabata

Este livro é encantador e descreve Kyoto quase como se fosse um jardim. A história vai-se desenrolando nos vários cenários japoneses e descreve também algumas festas tradicionais de Kyoto. A única coisa que não gostei no livro é que é daquelas histórias que não se conhece o fim. Faltavam duas páginas para o fim e comecei logo a ficar nervosa pois era impossível saber o que se ia passar com aquelas personagens em apenas alguns parágrafos. E pronto… o livro acabou e eu fiquei sem saber o final da história.

13 . Um livro passado na Ásia – “O Elefante Evapora-se” de Haruki Murakami

Este foi o livro que ainda não consegui acabar. Estes contos fazem-me reflectir um pouco sobre a vida. Todos eles (ou pelo menos a grande maioria) abordam situações insólitas ou acabam de forma inesperada. Para o mês que vem terei mais a dizer sobre esta obra.

O que li no mês de Março – Desenvolvimento Pessoal

“Inteligência Emocional” de Daniel Goleman

Sem dúvida um livro muito interessante. Daniel Goleman fala da importância da Inteligência Emocional, que como ele próprio descreve, é “… a capacidade de a pessoa se motivar a si mesma e persistir a despeito das frustrações; de controlar os impulsos e adiar a recompensa; de regular o seu próprio estado de espírito e impedir que o desânimo subjugue a faculdade de pensar; de sentir empatia e de ter esperança.”

“Choose the life you want” de Tal Ben-Shahar (audiobook)

Finalmente terminei este audiobook, mas confesso que não foi fácil. Continuo a gostar muito mais de ler em papel. Ouvir um livro pode ter as suas vantagens, mas para mim que gosto de sublinhar e folhear, não está a funcionar bem. Vou ter que pensar numa estratégia melhor para este formato de leitura.

Quanto ao livro, gostei da sua simplicidade. O autor descreve 101 formas de levar vida de uma forma tranquila, tomando as decisões que verdadeiramente interessam. Essencialmente Tal Ben-Shahar chama a atenção para o facto de que somos nós que fazemos as escolhas que desencadeiam as nossas vidas. Como ele próprio diz: “I have a choice and I choose to choose”.

O que vou ler no mês de Abril- Desafio: 52 livros

14 .  Um livro passado na Oceania

Escolhi ler “O Papalagui” de Tuiavii de Tiavea. Sempre ouvi falar neste livro e desta vez pedi-o emprestado à minha mãe para ver se satisfaço a minha curiosidade.

15 .  Um livro aconselhado pelo namorado

Quando recomecei a ganhar o hábito de leitura, pedi várias sugestões a amigos e familiares. “Terapia” de David Lodge foi um dos livros recomendados. Comecei a lê-lo, mas nunca o cheguei a acabar. Um vez que o livro até estava a ser interessante, encontrei aqui uma oportunidade de o terminar.

16 .  Um livro de um autor português

Outro livro que deixei a meio – “Sul” de Miguel Sousa Tavares. Sobre as viagens e aventuras deste jornalista. Estava a gostar imenso de o ler, mas não sei se pelo formato (é um livro pesado e maior que o normal) acabei por não o terminar. Vou gostar de retomar esta leitura.

17 .  Um livro sobre empreendedorismo

“Dar e Receber” de Adam Grant. Não é o típico livro de “como ser um milionário”. Como está descrito na contra-capa: “… Adam Grant revela neste livro que, ao contrário do que muitos pensam, as pessoas mais bem-sucedidas não são as mais egoístas e implacáveis nem as que agem com base de trocas mútuas. Os que chegam mais longe são os doadores, que dão o seu melhor aos outros sem reservas nem exigências.” Tenho muita curiosidade para aprender com os seus métodos,

O que vou ler no mês de Abril – Desenvolvimento Pessoal

“Flow” de Mihaly Csikszentmihalyi

Este autor, psicólogo de nome que nem sei pronunciar, explora um estado da mente a que ele chama de FLOW. Durante este estado, as pessoas estão totalmente envolvidas na sua actividade, sendo mais criativas e produtivas. É nestas alturas em que nem damos pelo tempo passar.

Já ando para ler este livro há alguns meses, pois tenho muita curiosidade de saber como podemos controlar este estado e provocá-lo sempre que precisarmos dele.

E tu? Tens mais alguma sugestão que queiras acrescentar a estes temas de leitura? O que tens lido ultimamente?

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