Em 2019 aprendi muitas coisas novas e vivi muitas experiências que me fizeram sair da minha zona de conforto e com isso contribuir para o meu desenvolvimento pessoal. Foi sem dúvida um ano cheio de aventuras.
Não vou falar de todas as minhas aprendizagens ao detalhe, pois iria tornar-se num post gigante. Vou apenas fazer uma reflexão de 2019, para que possa lançar os meus objectivos e desafios para 2020 de uma forma mais consciente.
Apostei nas novas experiências
Já não é novidade nenhuma para mim que quanto mais experiências novas tenho, mais cresço. Todas elas me fazem sair da minha zona de conforto, e todas elas contribuem para o meu desenvolvimento pessoal.
Os meus desafios têm vindo a aumentar e este ano tive a oportunidade de riscar algumas experiências da minha lista (e sim, tenho que escrever sobre esta minha lista). Andei de segway pela primeira vez, experimentei a patinagem no gelo, fiz zipline a morrer de medo num cabo com 700m e a 50m de altura numa paisagem de cortar a respiração, voltei a viajar sozinha e fui velejar para as ilhas da Croácia e tirei a carta de patrão local (licença para conduzir barcos) mesmo não tendo barco e tendo medo do mar.
Tirei a carta de patrão local
Que grande maluquice esta! Nem sei bem o que me passou pela cabeça. A verdade é que adoro aprender coisas novas e este curso foi sem dúvida mais do que eu estava à espera.
Aprendi imensas coisas sobre barcos, sobre o mar, sobre navegação. Adorei aprender a fazer nós e a desenhar nas cartas (mapas) tudo o que tem a ver com a rota da embarcação. Conheci pessoas novas. E sobretudo, quando fomos para o mar, saí completamente da minha zona de conforto, conduzindo um barco à chuva e sem ver quase nada à minha frente.
O que levo desta experiência é que nunca é demais aprender e, mais uma vez, sair da nossa zona de conforto traz-nos confiança para enfrentar outras circunstâncias da vida.
Voltei a escalar, e fui à rocha
Falei-vos aqui da minha experiência com a escalada/bouldering. Caí da parede e não perdi o medo de escalar, mas também não desisti. Duas semanas depois da minha aventura, voltei ao ginásio e voltei a subir. Estive imenso tempo a olhar a parede antes de me aventurar, mas lá fui e senti-me muito bem, apesar do medo.
Voltei lá várias vezes e comecei a fazer exercícios na horizontal para ganhar mais skills e confiança. Fui escalar também na rocha, desta vez com corda de segurança. Gosto muito mais de estar na natureza, e o desafio é o mesmo – mindset. Vi-me várias vezes em situações em que dizia a mim própria que não ia conseguir, e depois, num ultimo esforço e com muita fé, conseguia. E é fantástico quando estes momentos acontecem e nos provam de que os nossos limites são ultrapassados primeiro na nossa cabeça.
É verdade que nunca mais fui a mesma depois de ter caído, mas na vida estamos sempre a mudar. Entretanto antes do verão deixei de escalar pois tinha outras prioridades, mas pode ser que volte um dia, pois é uma actividade que tem muito para me dar.
Descobri a importância da dança para mim
Quem me conhece sabe que adoro dançar, e já escrevi aqui e aqui sobre algumas aprendizagens que levo para a vida. No entanto, nem imaginam o quão fora da minha zona de conforto é a dança. Não falo do acto de dançar em si, mas de coisas como convidar alguém para dançar, dançar com alguém que não conheço, ir a festivais de dança sem conhecer ninguém, conhecer pessoas novas, ensinar a pessoas novas – um mundo infinito a descobrir fora da minha zona de conforto.
Este ano que passou tive bastantes experiências a este nível e aprendi muito com todas elas. Apercebi-me que a dança não só é importante para mim devido à conexão (com o corpo, com a mente e com os outros), mas também é uma forma de me desafiar e de crescer com todas as experiências que me proporciona.
Implementei uma técnica de leitura diferente
Sempre fui da opinião que eu devia ler um livro de cada vez. A verdade é que às vezes não me apetece ler o que me tinha proposto naquele momento e acabo por não ler nada.
Depois do verão comprei uma série de livros numa promoção e, como estava curiosa, comecei a ler um deles. Gostei tanto que o acabei mais rápido do que esperava. De seguida experimentei ler apenas um capítulo de outro livro, e de outro, e de outro. Pensei que me ia baralhar com os temas, mas estava enganada. Correu muito bem. Antes do verão tinha apenas acabado de ler um livro. Depois de começar a ler vários livros ao mesmo tempo, já terminei 5 livros e tenho mais 10 a meio. Percebi que gosto de ir variando a leitura, apesar de serem temas ligados ao desenvolvimento pessoal.
Terminei o meu desafio da gratidão
Em Setembro de 2018, no dia mundial da gratidão, propus-me agradecer a todas as pessoas que se cruzaram no meu caminho. De uma forma ou de outra todas contribuíram para a minha experiência de vida. Foram mais de 500 amigos no Facebook e demorei um ano inteiro para agradecer a todos. E entre tantas coisas boas que este desafio me trouxe, quero destacar o carinho com que estas mensagens foram recebidas e que me encheram o coração. Quando damos algo a alguém, mesmo que seja só uma palavra, sem esperar nada em troca, fazemos magia.
Concluí que preciso voltar a escrever
Esta é uma das conclusões que mais me custa, pois na realidade este ano não escrevi praticamente nada. Quando me sentei para escrever o que aprendi em 2019 (algo que faço habitualmente no final de todos os anos) apercebi-me que não tinha dedicado tempo nenhum ao meu blog. Pensei em desistir de escrever, mas antes disso quis fazer uma reflexão sobre o que aprendi este ano.
Não foi fácil pois não tinha registado nada. Fui-me lembrando do que tinha feito durante o ano e anotando alguns momentos importantes e cheguei à conclusão que preciso destes momentos de reflexão para ter mais clareza não só das minhas aprendizagens mas sobretudo do caminho a seguir.
Já tinha escrito aqui sobre o poder da escrita e claramente negligenciei este poder este ano. Vai-me ser difícil criar de novo este hábito, mas tudo se consegue quando é importante para nós.
E tu? Que aprendizagens retiraste deste ano?