Salto Tandem. Foi Brutal!

Salto Tandem - Brutal!

Hoje quero falar-vos de uma experiência super intensa vivida este mês – o Salto Tandem. Para quem não sabe o Salto Tandem é uma variante do pára-quedismo, onde em vez de saltar sozinha em queda livre, salto com o instrutor que tem mais experiência no assunto. Devo dizer-vos que adorei a experiência e que mais tarde quero repetir!

Como escolhi?

Já há algum tempo que andava a pensar saltar, mas adiava sempre. Entretanto ia entrar de férias e planeei fazer aquelas coisas que ando ao tempo para experimentar.

Fiz várias pesquisas de empresas que o faziam e por coincidência uma amiga publicou o seu salto no Facebook. Claro que quis saber mais informações e ficou decidido: é desta vez que salto!

Pensei fazer o salto mais pequeno de 3500m para experimentar, mas a minha amiga fez o salto de 5000m. Quando lhe perguntei porque tinha escolhido este salto, ela respondeu: “porque era o mais alto”. Só tenho que agradecer à Micha por essa inspiração. Se é para fazer, que seja em grande!

Porquê o Salto Tandem?

Cada vez mais acredito que são as experiências que nos ajudam a crescer e muitas vezes é preciso criar oportunidades que as proporcionem. De outra forma, ficamos à espera eternamente que a vida nos aconteça.

Decidi fazer o salto tandem precisamente para aumentar a minha zona de conforto. E sim, tive muito medo! E sim, consegui lidar com ele!

Sobre a ansiedade

Se querem mesmo saber, só me deram dois frios na barriga: quando comprei a experiência online (uma semana antes) e mesmo antes de saltar (quando já estava pendurada no avião).

Costumo dizer que o mais difícil é tomar a decisão. Foi assim quando decidi viajar sozinha e só senti o friozinho na barriga quando comprei o bilhete de avião.

De resto, todo o tempo antes de saltar foi vivido com grande descontracção. Só tenho a agradecer à equipa da SK7 que garantiu a boa disposição e a segurança durante toda a experiência.

O momento do Salto Tandem

E eis que chega o grande momento: aquele momento em que estou pendurada no avião já sem chão. O instrutor pergunta-me: “Estás preparada?” e eu percebo que “Nãoooooo!”.

O cérebro sai da zona de conforto e descontracção e de repente já estou a pensar: “Será que quero mesmo fazer isto?”.

O que vale é que não há tempo para pensar. Mal dás por ti e estás a cair em queda livre. A sensação no início é aterradora. Sentes o ar a passar por ti a uma velocidade estonteante e percebes mesmo que estás a cair.

Lembro-me de pensar: “respira, respira, respira”. E o tempo parece que não passa e a queda nunca mais acaba. E eis que o pára-quedas abre. Ufa, desta já me safei!

 

O instrutor diz-me: “Susana, eu quero que sejas feliz” e eu percebo que estou segura e que a paisagem sobre a ria de Alvor é espectacular e é tudo lindo! E quando aterro é que percebo: “UAU! Foi Brutal!”

Mas a beleza disto é que não entrei em pânico. Simplesmente confiei na pessoa que me estava a proporcionar este momento e deixei acontecer.

As minhas aprendizagens

Quando aterrei vinha cheia de adrenalina que não resisti em abraçar o instrutor. Afinal de contas confiei-lhe a minha vida e ele não me deixou ficar mal.

Passado uns dias vi um vídeo partilhado por um amigo e que falava precisamente nesta experiência. A pessoa do vídeo contava como tinha sido o seu salto, mas entrou em pânico por não ter ouvido e confiado no seu instrutor.

Percebi que tinha aprendido a confiar em quem sabe e que posso aplicar a mesma aprendizagem noutras áreas.

E o medo?

Em relação ao medo, muitas pessoas me perguntam se não o tive. Tive e muito! O medo não desaparece mas sou eu que decido como o quero encarar. Neste caso, confiei no instrutor e não entrei em pânico.

O medo não deve interferir nas nossas escolhas. Não quero deixar de fazer seja o que for porque tenho receio que algo aconteça. Medo tenho é que nada aconteça!

E tu? O que é que te impede de fazeres aquilo que desejas?

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