Será que tenho o Síndroma do Impostor?

Será que tenho o Síndrome do Impostor?

O síndroma do impostor está muitas vezes na origem daquilo que nos impede de realizar os nossos sonhos ou objetivos. Ele afeta pessoas perfeitamente capacitadas mas que sofrem uma inferioridade ilusória. Acham que não são boas o suficiente e acabam por desistir dos seus projetos. Convencem-se que não merecem os resultados pretendidos e que não passam de uma fraude.

Nunca te aconteceu teres tido sucesso numa determinada situação e achares que não mereceste ou que apenas tiveste sorte? Quantas pessoas conheces que não acreditam nas suas capacidades e competências?

Este síndroma é muito comum em pessoas com profissões competitivas (como atletas, empresários ou empreendedores) ou com profissões onde as pessoas são avaliadas (como nas áreas da saúde e do ensino). No entanto, atinge sempre pessoas que são inseguras e que internalizam as críticas e as falhas.

Na realidade, ninguém está livre deste síndroma pois pode atingir qualquer pessoa, seja qual for a idade, especialmente se estiver numa posição em que pode ser alvo de julgamentos. Um exemplo disso, é quando se recebe uma promoção ou se inicia um projeto novo.

Como é que eu sei se tenho o Síndroma do Impostor?

Existem vários comportamentos que as pessoas com o síndroma do impostor têm. Se tens mais do que um comportamento que identifico de seguida, é provável que tenhas este síndroma. Ainda assim, deves recorrer a um profissional para teres a certeza desse diagnóstico. Mas não te preocupes, todos passamos pelo mesmo e há sempre soluções.

Aqui ficam os comportamentos mais comuns:

  • Perfeccionismo e constante comparação com os outros;
  • Querer sempre agradar aos outros;
  • Receio de críticas e julgamentos;
  • Procrastinação;
  • Medo de falhar;
  • Necessidade de se esforçar mais que os outros;
  • Uso da autodepreciação;
  • Dúvida constante das suas capacidades;
  • Quase certeza de que se vai fracassar.

E agora o que faço?

Calma! Há várias formas de acalmar este síndroma. Se ele desaparece, não sei. Sei que muito provavelmente também o tenho (assim como muitos de nós), mas quando o identifico já sei o que tenho que fazer para o controlar.

Penso que é um pouco como o medo. Nunca se vai embora, mas podemos optar por não ser ele quem comanda a nossa vida.

Ficam aqui algumas dicas de como controlar este síndroma:

  • Identifica as tuas capacidades e competências (os teus pontos fortes) e faz uma lista com as tuas realizações e vitórias (por mais pequenas que sejam);
  • Partilha os teus desafios com pessoas da tua confiança ou com pessoas que já passaram pelo mesmo;
  • Aceita os teus defeitos assim como as tuas qualidades e evita a comparação com os outros;
  • Respeita os teus limites e estabelece objetivos alcançáveis e metas que possas cumprir;
  • Aprende com os teus insucessos, sabendo que falhar faz parte do processo e acontece a toda a gente;
  • Verifica a linguagem que tens para contigo e pratica a autocompaixão;
  • Procura um mentor ou alguém com a experiência que gostavas de ter, e coloca-lhe as tuas dúvidas e questões;
  • Aceita que não é possível saber-se tudo e que a aprendizagem é contínua;
  • Caso estas questões te causem muita ansiedade ou stress, procura fazer exercício físico, yoga ou meditação para poderes aliviar essa carga psicológica e conseguires mais foco no que é importante, ou contrata a ajuda de um profissional.

Espero que este artigo tenha sido útil. Gostava imenso de saber o que sentes em relação a este tópico.

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