Quando decidi deixar o meu trabalho, criei uma rotina para que não perdesse o foco no meu objectivo que era encontrar algo que gostasse de fazer e do qual eu pudesse ter rendimentos.
A minha primeira rotina
Comecei por incluir várias actividades que não estava habituada a fazer, como por exemplo exercício físico em casa e meditação, e outras actividades que gostava de fazer e que me ajudavam a pensar ou desenvolver os meus objectivos, como por exemplo cursos online e leitura de livros.
A manhã era dedicada à saúde do corpo e da mente e depois inspirava-me para escrever no blog. De tarde aproveitava para aprender coisas novas e pesquisar sobre os assuntos que me despertavam interesse. Fazia isto regularmente todos os dias e por alguns meses mantive-me fiel ao que tinha planeado.
A quebra da rotina
Há cerca de um mês atrás a minha rotina sofreu uma quebra (sem razão aparente) e desde essa altura não a consegui recuperar. Isto porque me apercebi que estava demasiado focada nas coisas que determinei fazer e que não estava a fazer as coisas que realmente gostava. Muitas vezes os meus objectivos mudam com o tempo e portanto tenho que adaptar a minha rotina às minhas necessidades e altero-a sempre que for preciso.
Na realidade, a escrita neste blog, conforme já mencionei aqui, tem-me feito repensar muitas vezes nos mais variados assuntos. Penso regularmente na maneira como quero viver a minha vida e o que quero alcançar com ela.
Por exemplo, há pouco tempo, apercebi-me que gostava de passar mais tempo ao ar livre (podem ler aqui algumas das minhas reflexões acerca deste assunto). No entanto essas actividades não tinham espaço no meu calendário diário.
Decidi então quebrar por uns tempos com esta rotina e estou a trabalhar numa outra mais flexível que inclua estes novos interesses que vou descobrindo.
A minha nova rotina (ainda em teste)
Uma das grandes alterações que quero fazer na minha rotina tem a ver com o foco. Enquanto que na rotina anterior eu fazia um pouco de tudo num único dia, penso que terei mais vantagens em focar a minha atenção numa determinada coisa diariamente. Não quer dizer que apenas faça uma coisa por dia, mas irei tentar dedicar-me mais horas a um determinado tema de cada vez ou em cada dia.
A ideia é tentar integrar as coisas que preciso mesmo fazer no meio das coisas que quero e gosto de fazer e não o contrário. Ou seja, é uma questão de prioridades. Dou prioridade às coisas que gosto e tento integrar todas as outras na minha rotina, mas de forma mais eficiente e produtiva. Por exemplo, quero estar mais vezes ao ar livre e conhecer novos lugares. Posso substituir o exercício físico em casa por caminhadas e desta forma consigo fazer as duas coisas.
Outra situação que estou a tentar alterar é ao nível da conexão com as pessoas. Normalmente queixo-me que não tenho tempo para estar com os meus amigos. Neste momento tenho tentado arranjar estratégias que os possam incluir na minha rotina. Por exemplo, vou almoçar com uma amiga, ou convido-a para as minhas actividades ao ar livre. Assim, posso continuar de alguma forma fiel à minha rotina, incluindo as coisas que mais gosto de fazer e que são realmente as que importam.
Falhar faz parte do processo
Esta minha nova rotina ainda está em teste, mas espero que alcance bons resultados com a sua manutenção.
Caso esta rotina também venha a falhar, não faz mal nenhum. É sinal que está em desenvolvimento e que precisa de se adaptar. Uma coisa que tenho aprendido é que falhar faz parte do processo. Não se consegue nada de novo sem falhar. Vou continuar a insistir até descobrir o que funciona melhor para mim.
E isto não se aplica apenas à rotina, aplica-se a qualquer área da minha vida. Se algo não está a funcionar bem, há que fazer uma análise e experimentar outras formas de funcionamento. Se falhar, tenta-se de novo. O importante é analisar o que correu mal e não desistir de tentar.
Bom artigo! Eu que trabalho em casa também tenho tido os meus “problemas” com as rotinas. Já experimentei de tudo, e ainda não arranjei a fórmula certa. É bom trabalhar em casa, a flexibilidade é brutal, mas puxa, que dá trabalho lidar com isso…
O que agora tem funcionado para mim é uma mistura de regras e de flexibilidade. Porque eu quero trabalhar e surfar e ler e escrever, e sem algumas regras não faço o quanto quero fazer de cada coisa. Mas sem flexibilidade, perde-se a vantagem de trabalhar em casa e leva-se a vida demasiado a sério. Por isso, o que tenho feito é: acordo cedo e as manhãs são para desporto e escritas e algum projeto. Depois almoço cedo e trabalho bem das 13 às 20. E depois há noite vou para o sofá ou beber uma cerveja com amigos.
Esta agenda tem funcionado, ainda que longe da perfeição. O que preciso, e talvez todos os que trabalham em casa precisem, é de não levar muito a sério o seu trabalho e de abrir o nosso mundo às outras pessoas. É muito fácil ler sobre produtividade e mudar hábitos e querer sempre melhorar (bem, não é assim tão fácil) e esquecer que estamos aqui para nos divertirmos e estar com as pessoas que mais gostamos. Quanto a esta última parte, ainda tenho muito a aprender.
Continuemos a explorar rotinas que isso é melhor que ir para um escritório e estar de gravata o dia todo, ahah.
Obrigada pela tua partilha! Realmente parece uma coisa simples mas é bastante fácil esquecermo-nos do que é importante. Daí eu estar a refazer a minha rotina para uma forma mais flexível que me permita fazer mais do que eu gosto, sem descurar o que é preciso ser feito. Vamos explorando para ver o que dá 😉