Este mês apercebi-me que o tempo voa. É algo que sempre ouvi dizer, e algo que se admite ser verdade, mas só agora reflecti sobre o assunto e isso fez-me pensar que tinha que agir rapidamente.
Como sabem no final de Junho do ano passado parti para uma grande aventura na Tailândia. Voltei cheia de ideias de como aproveitar ao máximo a minha vida e as coisas que me fazem feliz e até cheguei a fazer uma lista das coisas que queria fazer em 2018. E sabem que mais? Agora e passado quase um ano, tomo consciência de que não tenho feito praticamente nada daquilo que gostava de ter feito.
O mergulho
Um dos desafios a que me propus foi o de fazer mergulho. Quando voltei da Tailândia, escrevi aqui sobre o meu primeiro contacto com esta actividade e o meu desejo de me superar a mim mesma.
Ainda em 2017 informei-me das condições para fazer um mergulho e até me desloquei ao local para tirar dúvidas. A verdade é que as “desculpas” estão a ganhar terreno e tenho adiado o meu desafio. Ou é porque está frio, ou porque não tenho dinheiro, ou porque tenho medo, ou porque agora não dá jeito, ou porque se calhar vou desistir, ou porque … ou porque … ou porque… São tantas desculpas!
A scooter
Para além do mergulho, também me desafiei a aprender a andar de scooter. Mais uma vez informei-me das aulas e andei a ver scooters em segunda mão e até descobri que era uma solução bem mais económica para ir para o trabalho. Desculpas e mais desculpas e ainda não fiz nada. Comprometi-me que iria um dia voltar à Tailândia, mas que não iria sem saber andar de scooter. Agora que estou a pensar o que fazer nas minhas férias, apercebo-me que perdi uma excelente oportunidade de aprendizagem, e que poderia ir passear de scooter pelo norte da Tailândia, mas já não há tempo para isso.
Os meus objectivos anuais
Quando defini os meus objectivos anuais pensei em planear também todas as actividades que queria desenvolver este ano e que estavam na minha “bucket list”. Não o fiz pois pensei que eram coisas que faria naturalmente e que não iriam necessitar de planeamento. Estava errada! Apesar de serem actividades que me fazem feliz ou que gostava de experimentar, não as conseguirei fazer se não as planear. Tenho que definir um prazo para as fazer, escolher quais farei primeiro e perceber o que tenho que fazer antes para as realizar.
Existem actividades que necessitam de alguma preparação prévia, no entanto há coisas que posso fazer já e que estão na minha “bucket list” há anos, como por exemplo dar sangue ou fazer um empréstimo no KIVA.
Uma nota sobre o “Flow”
Um dos livros que acabei de ler este mês foi o “Flow” de Mihaly Csikszentmihalyi. Um dos conceitos que me chamou a atenção neste livro, foi o facto das pessoas se sentirem mais em “flow” (quando fazes algo e estás tão concentrado que o tempo passa sem dares conta) no trabalho do que nos tempos livres; o facto das pessoas se sentiram mais realizadas na sua profissão e aborrecidas quando têm tempo livre.
Explica o autor que esta situação existe pois o tempo livre não é planeado, não é propositado. No trabalho existem desafios e objectivos e muitas vezes na nossa vida pessoal isso é negligenciado. E a verdade é que se eu não planear e não definir “o quê”, “como” e “quando” vou fazer tudo aquilo que gostava, muito pouco ou nada vai acontecer.
“The best moments in our lives are not the passive, receptive, relaxing times… The best moments usually occur if a person’s body or mind is stretched to its limits in a voluntary effort to accomplish something difficult and worthwhile.” Mihaly Csikszentmihalyi
O tempo voa
Esta reflexão fez-me perceber a urgência de um plano e vou fazê-lo já este mês. Talvez o partilhe aqui no blog, pois é uma forma de me responsabilizar pelas minhas acções.
Nota para mim mesma: não subestimes o tempo que tens para fazeres aquilo que queres e traça um plano que garanta a realização de todos os teus sonhos!
E tu? Existe alguma coisa que andes a adiar fazer? Como geres o tempo livre da tua vida? Partilha aqui a forma como atinges os teus objectivos.