Desafio 52 Livros – Fevereiro

Desafio 52 Livros - Fevereiro

Este mês foi muito enriquecedor – bons livros que levaram a boas aprendizagens. Tem sido realmente um grande desafio, e tem sido também um prazer e uma forma de aprendizagem contínua. Aprendo não só com o conteúdo dos livros, mas também com o desafio em si. Estou sempre a descobrir novas formas de me focar melhor, de evitar a procrastinação e de me manter motivada.

Uma das coisas que já me apercebi é que muitas vezes o difícil é começar. Para ultrapassar esta dificuldade comprometo-me a ler apenas uma página e o que acontece normalmente é que depois de começar a ler já não me custa continuar.

Outra situação que ocorre ocasionalmente é a falta de concentração e muitas vezes até me dá sono. Não é que o livro seja mau ou pouco interessante, mas nem sempre estou com disposição para ler. O que tenho feito nestas ocasiões é levantar-me e dar uma volta pela casa, de preferência fazer algo manual (preparar um chá, arrumar a secretária, fazer alguma tarefa doméstica rápida, …). Depois volto a sentar-me confortavelmente no sofá e utilizo novamente a técnica de me comprometer a ler apenas uma página. Mesmo que nesse dia não consiga ler muito, leio sempre qualquer coisa para manter o hábito e vou insistindo ao longo do dia.

Excepcionalmente este mês, também optei por alternar as minhas leituras, em vez de ler cada livro de seguida até ao fim. O livro de poemas deu-me oportunidade de ler todos os dias uma poesia diferente. O livro de contos também me possibilitou uma leitura alternada, pois os contos eram pequenos (e deliciosos) e ia intercalando com o testemunho do Viktor Frankl que era mais pesado em termos emocionais. Gostei muito de poder variar entre os diferentes estilos de leitura.

Para o próximo mês já tenho planeadas leituras bastante diferentes umas das outras e portanto estou ansiosa por mais uma etapa deste meu desafio.

Para saberem mais sobre os meus desafios de leitura para 2017, leiam aqui o meu post. Para saberem mais sobre o meu “Desafio: 52 livros”, espreitem aqui.

O que li no mês de Fevereiro – Desafio: 52 livros

5 . Um livro de poemas – “Novos Poemas Póstumos” de António Gedeão

Como já tinha mencionado no mês passado, nunca me dediquei à poesia (na realidade nem sabia se ia gostar). Adorei esta experiência! A poesia de António Gedeão é muito fácil de ler e muito rapidamente me identifiquei com vários poemas.

Aceitei a sugestão de uma amiga que me disse que a poesia deveria ser lida em voz alta e (apesar de estranho no início) foi muito libertador. Até parecia que a poesia ganhava mais vida, mais significado.

Um dos benefícios deste desafio é que me fez descobrir outras formas de leitura, e a poesia foi sem dúvida uma descoberta para mim.

6 . Um livro publicado no ano passado (2016) – “Contos de cães e maus lobos” de Valter Hugo Mãe

Apaixonei-me pela escrita de Valter Hugo Mãe – é deliciosa. Não sei descrever o que senti com a leitura deste contos, mas cada um deles teve algo de especial, transmitia algo de especial.

O livro é muito fácil de ler e revelou-se para mim uma surpresa. Apetece-me muito ler mais histórias deste autor que me deixou curiosa por conhecer a sua obra.

7 . Um livro baseado numa história verdadeira – “O Homem em Busca de um Sentido” do Viktor E. Frankl

Este livro é sem dúvida marcante. Viktor Frankl, médico psiquiatra austríaco, conta a sua história de sobrevivência num campo de concentração nazi. Esta não é uma descrição dos factos, mas essencialmente uma descrição de emoções vividas. Ele divide o livro em três temas específicos: o momento de chegada ao campo de concentração (onde explora a transição para este novo mundo); o dia-a-dia do prisioneiro; e finalmente a vida depois da libertação.

É um relato emocionante que nos faz pensar no sentido da vida. Este homem, apesar do que vivia nas mãos dos nazis, conseguiu encontrar o seu sentido. Depois de liberto, fundou a escola da logoterapia que explora o sentido da existência humana.

Nas suas palavras “…o que importa é tirar o melhor de cada situação dada.”

8 . Um livro que tem por protagonista um arquitecto – “O Arquiteto de Paris” de Charles Belfoure

Foi muito interessante ter lido este livro após “O Homem em Busca de um Sentido” do Viktor E. Frankl. Desta forma, fiquei também com uma ideia de como foi a vida em Paris durante a 2ª Guerra Mundial. Com o Frankl fiquei a conhecer os judeus nos campos de concentração nazis e com Belfoure aprendi como se vivia em Paris nessa época e a forma como eram os judeus perseguidos.

O autor, também ele arquitecto, descreve situações do dia-a-dia parisiense ao mesmo tempo que retrata a vida de um arquitecto que ama o que faz e que se vê confrontado com situações assustadoras que o desafiam a ser melhor. Ao longo do livro, Belfoure vai descrevendo a arquitectura da época e faz menção a vários nomes importantes como Gropius e Le Corbusier.

O que li no mês de Fevereiro – Desenvolvimento Pessoal

“Poder sem limites” de Anthony Robbins

Quando escolhi este livro para ler, não sabia bem do que se tratava, apenas conhecia o autor por o ter visto numa TED talk. É um livro escrito de uma forma bastante motivadora e compreensível e trata essencialmente de programação neuro-linguística (PNL). Parece um nome complicado, mas é de facto uma ferramenta muito poderosa no âmbito da mudança de comportamentos.

Gostei imenso do livro e fiquei com vontade de o ler de novo e abordá-lo mais pormenorizadamente. Fiquei também muito curiosa por saber mais acerca de PNL e vou sem dúvida investir no assunto.

“… a felicidade e o sucesso na vida não são o resultado do que temos, mas antes da forma como vivemos.” (Anthony Robbins)

“Choose the life you want” de Tal Ben-Shahar (audiobook)

Ainda não terminei de ouvir este livro. Confesso que apesar de estar a gostar, deparo-me sempre com uma dificuldade que ainda não consegui ultrapassar. Como é um audiobook, e não o tenho fisicamente à minha frente, tenho a sensação de estar sem fazer nada e isso distrai-me. Apesar de ter o meu caderno ao lado para tirar notas, acabo sempre por me distrair pois tenho que arranjar alguma coisa para fazer enquanto ouço o livro.

Ainda estou à procura de uma estratégia que seja compatível com este formato de leitura e espero brevemente conseguir ultrapassar esta dificuldade. Alguma sugestão?

Em relação ao livro, estou a gostar bastante da abordagem feita pelo autor e falarei disso com mais detalhe quando o terminar.

“Tropeçar na felicidade” de Daniel Gilbert

Este livro foi muito diferente do que eu estava à espera. Quando procuramos um livro sobre felicidade imaginamos que contenha algo, tipo fórmula mágica, que nos diga o que fazer para sermos felizes. Este autor não nos fala em como conseguir a felicidade, explica-nos sim, baseado em factos científicos, porque é que fazemos escolhas que acabam por não ser o melhor para nós.

“Não há uma fórmula simples para encontrar a felicidade. Mas se os nossos grandes e óptimos cérebros não nos permitem caminhar seguramente para os nossos futuros, eles permitem-nos, pelo menos, perceber o que nos faz tropeçar.” (Daniel Gilbert)

O que vou ler no mês de Março – Desafio: 52 livros

9 . Uma fábula

As fábulas são uma óptima forma de reflexão. Lembro-me em pequena de ler algumas fábulas de La Fontaine e lembro-me do que gostava mais nelas: a moral da história. Tenho muita curiosidade para ler “A Quinta dos Animais” de George Orwell (ou como anteriormente era chamado “O Triunfo dos Porcos”), e portanto este mês vou viajar para o tempo em que os animais falavam.

10 . Um livro sobre criatividade

A criatividade é um tema que tenho muito interesse em desenvolver. Como ser mais criativa? Como manter a minha inspiração? Como me motivar quando não me apetece fazer nada? Como lidar com os bloqueios da mente? Como lidar com as críticas?

Uma amiga falou-me no livro “The War of Art” de Steven Pressfield há já algum tempo e decidi lê-lo agora. Espero que seja uma verdadeira fonte de inspiração!

11 . Uma história infantil

“Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll é um clássico no mundo das histórias infantis. Descobri há pouco tempo que o livro foi banido em alguns países por diversas razões. Foi banido nos Estados Unidos nos anos 60 por ser considerado um incentivo às drogas (lembram-se da lagarta que fumava em cima de um cogumelo?). Também foi banido na China nos anos 30 por ser considerado uma afronta ao ser humano – os animais não deviam ser colocados ao mesmo nível dos humanos. Acho que vou adorar ler o livro sob a perspectiva adulta que sou hoje. Vou com certeza descobrir coisas diferentes de quando era criança.

12 . Um livro que comecei mas que nunca acabei

“Kyoto” de Yasunari Kawabata é um livro que me foi oferecido por uma amiga. Na altura comecei a lê-lo, mas não me lembro porque não o cheguei a acabar. O autor ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1968 e “Kyoto” é uma obra de referência que me vai levar a viajar um pouco pelo Japão.

13 . Um livro passado na Ásia

Por falar no Japão, quero ler “O Elefante Evapora-se” de Haruki Murakami. É um livro que anda cá por casa e sendo o autor um dos mais divulgados escritores contemporâneos japoneses é uma óptima oportunidade para o conhecer.

O que vou ler no mês de Março – Desenvolvimento Pessoal

“Inteligência Emocional” de Daniel Goleman

Goleman definiu a Inteligência Emocional como a “…capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.”

É portanto um livro que me vai ajudar a conhecer-me melhor e a lidar com as minhas emoções de forma mais consciente. Estou bastante curiosa por saber mais acerca deste tema.

“The How of Happiness” de Sonja Lyubomirsky

Como já devem ter reparado, gosto muito de ler livros sobre a felicidade. Este livro já está na minha lista há bastante tempo e é escrito por uma autores bastante conceituada, baseando-se em factos científicos. Sonja Lyubomirsky define o que é e o que não é a felicidade, e o que podemos fazer para nos aproximarmos da vida que queremos para nós próprios.

Ainda não sei se o vou conseguir ler neste mês (ainda quero acabar o audiobook “Choose the life you want” de Tal Ben-Shahar), mas será certamente o próximo da lista.

E tu? Tens mais alguma sugestão que queiras acrescentar a estes temas de leitura? O que tens lido ultimamente?

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