Desafio 52 Livros – Abril

Desafio 52 livros - Abril

Este mês foi o mês da reflexão. Demorei algum tempo para perceber com clareza o que este desafio me estava a trazer e o que estava a aprender e quero partilhar aqui as minhas conclusões.

No mês passado (ver Desafio 52 livros – Março) tive alguma dificuldade em manter o ritmo de leitura pois tenho dado prioridade à minha vida profissional que tem ocupado a maior parte do meu tempo. No entanto, esta dificuldade revelou-se importante pois permitiu que eu percebesse o quão essencial a flexibilidade é para mim.

Quando planeei o meu desafio no início do ano, o objectivo que queria alcançar não era ler os 52 livros num ano, mas sim ganhar mais consistência na leitura e ler outros livros diferentes do que estou habituada a ler. A forma do desafio foi sem dúvida eficaz pois permitiu-me manter uma rotina consistente, pelo menos nos primeiros meses.

Mas depois o que é que aconteceu? A minha rotina sofreu várias transformações e estive umas semanas sem ler nada daquilo que me tinha proposto ler. O mais interessante no meio disto tudo é que o meu interesse na leitura não diminuiu.

Apesar de ter feito uma pausa na leitura, percebi que é uma das minhas fontes mais importantes de inspiração e que é uma contribuição essencial para o desempenho no meu futuro trabalho na área do coaching.

Para além disso, tem o poder de me afastar das tecnologias antes de dormir. A minha qualidade do sono diminui bastante quando estou no computador ou no tablet mesmo até ao momento de me deitar.

Assim, o que é que eu preciso fazer?

Primeiro – não me castigar

A primeira coisa que tenho que fazer é não me castigar por ter falhado o meu desafio. Na realidade não o considero um fracasso na medida em que me ajudou a perceber que a leitura é essencial para mim e apesar de não estar a ler na quantidade que gostaria, estou a conseguir manter um hábito que sem o desafio não conseguiria ter.

Segundo – aprender a ser flexível

A segunda coisa é aprender a ser mais flexível. Se não consigo ler o livro que quero numa semana, leio em duas. O importante é manter o hábito. Quando defini os parâmetros do desafio, já sabia que era algo difícil (mas não impossível), e lembro-me até de ter escrito que “Vou tentar manter o desafio, mas caso não o consiga fazer num ano também fico contente se o conseguir fazer em dois. Vou experimentar e logo vejo como corre”. Mais uma vez há que ter alguma flexibilidade, o que não quer dizer que não levo a sério o desafio. Simplesmente tenho que aceitar que há alturas em que as prioridades são outras, mas isso não significa que vou desistir de ler, muito pelo contrário. Vou estar mais motivada pois agora reconheço que este método de planear as leituras resulta.

Terceiro – rever o plano

A terceira coisa é voltar a olhar para o meu plano e ajustá-lo. É essencial fazer uma revisão dos nossos planos periodicamente para perceber se ainda fazem sentido e de que forma os podemos melhorar, especialmente quando fazemos planos a longo prazo. É normal que ao longo do tempo as nossas prioridades ou desejos mudem, daí ser tão importante revisitarmos as nossas razões e intenções para fazer determinada coisa, fazendo os ajustes necessários. Ainda não fiz a minha revisão mas tenciono fazê-la durante este mês.

Entretanto vou passar a publicar apenas o que li num determinado mês e o que vou ler imediatamente de seguida, deixando em aberto a quantidade de livros que vou ler por mês.

O que li no mês de Abril- Desafio: 52 livros

14 . Um livro passado na Oceania – “O Papalagui” de Tuiavii de Tiavea

Este livro é um bom exemplo de como a percepção da realidade pode ser tão diferente de pessoa para pessoa. O que para nós (“Papalaguis” segundo o chefe da tribo de tiavéa na Polinésia) é uma boa casa, para Tuiavii (o chefe da tribo) é um baú de pedra. Tuiavii foi convidado a conhecer o nosso mundo e voltou para a sua tribo com uma percepção de como vive o “homem branco” e que está descrita neste livro. Acaba por nos fazer reflectir sobre o que nos tornámos, sobre o que a nossa sociedade espera de nós, sobre as demasiadas coisas com que nos preocupamos e que na realidade não têm valor algum.

15 . Um livro de um autor português – “Sul” de Miguel Sousa Tavares

Este é o segundo livro deste autor que leio. Já li há muitos anos atrás o “Equador” que amei e agora “Sul” num formato bem diferente. Miguel Sousa Tavares consegue descrever pequenos episódios dos lugares por onde passou e das aventuras que viveu, referindo sempre marcos históricos essenciais para nos conseguimos contextualizar. Gostei sobretudo por não serem descrições exaustivas nem dos sítios nem das histórias, apenas impressões de viagens.

O que li no mês de Abril – Desenvolvimento Pessoal

Anthony Robbins

“Awaken the Giant Within – How to take immediate control of your mental, emotional, physical and financial destiny” de Anthony Robbins (audiobook) e “Giant Steps – Small Changes to make a Big Difference” de Anthony Robbins (audiobook)

Tenho devorado as obras deste autor em formato audiobook durante as minhas caminhadas. Apesar de achar o estilo um pouco “show off” o Anthony Robbins fala sobre como podemos alcançar os nossos sonhos e como sermos melhores versões de nós próprios. Muito bom de ouvir e uma inspiração para mim.

“Do the Work” de Steven Pressfield (audiobook)

Este autor é um combatente contra a procrastinação. Este livro vai no seguimento do anterior trabalho dele “The War of Art” que li em Março e acaba por se tornar num testemunho de como fazer aquilo que tem que ser feito especialmente quando se trata de um trabalho que requer criatividade e inspiração. Adorei e provavelmente vou voltar a ouvi-lo.

O que vou ler no mês de Maio – Desafio: 52 livros

13 . Um livro passado na Ásia – “O Elefante Evapora-se” de Haruki Murakami

Este foi o livro que ficou atrasado de Março e que tenho lido mais devagar. Descobri que prefiro ler contos mais espaçadamente pois na realidade são histórias diferentes. Acho que já tinha ficado com essa sensação quando li os contos do Valter Hugo Mãe. Prefiro alterná-los com outras leituras. Este mês vou sem dúvida acabar estes contos que estou a adorar.

O que vou ler no mês de Maio – Desenvolvimento Pessoal

“Flow” de Mihaly Csikszentmihalyi

Já li a maior parte deste livro, mas ainda não o terminei. Espero terminá-lo este mês para poder partilhar o meu feedback. Posso dizer que por enquanto está a ser muito interessante.

E tu? Tens alguma sugestão para se ganhar mais consistência na leitura? O que tens lido ultimamente?

Para saberem mais sobre os meus desafios de leitura para 2017, leiam aqui o meu post. Para saberem mais sobre o meu “Desafio: 52 livros”, espreitem aqui.

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