Como Aumentar A Minha Zona De Conforto

como aumentar a minha zona de conforto
Quem me conhece sabe que eu gosto de desafios, desafios que me façam sair da minha zona de conforto, ou na verdade que me façam aumentar a minha zona de conforto. E apesar de me custar, e especialmente se for um grande desafio e importante para mim, eu abraço-o com toda a força e sigo em frente.
 
Se sempre fui assim? Nem pensar!!! Há uns anos atrás, a Susana nem à praia ia sozinha. Não ia a lado nenhum sozinha (nem ao supermercado), não gostava de tomar decisões, sentia vergonha quando falava com pessoas, e vivia os dias sempre da mesma forma – dentro da minha zona de conforto bem quentinha.
 
Hoje posso dizer que vivo a minha vida de acordo com as minhas escolhas, e faço por sair da minha zona de conforto sempre que tenho oportunidade. Este é um dos desafios mais importantes que tenho enfrentado e que foi imposto por mim.
 
E porquê? Não é que não goste da minha zona de conforto. Na realidade adoro-a! E quero aumentá-la e vê-la crescer. Quanto mais coisas (que não me sinto à vontade de fazer) fizer, mais fácil elas se vão tornando e com a experiência acabam por entrar na zona de conforto, aumentando-a, passito a passito.
 
Estas são algumas formas de sair da zona de conforto que me têm ajudado neste processo.
  • aprender coisas novas;
  • experimentar coisas diferentes;
  • quebrar a rotina;
  • criar desafios;
  • deixar as desculpas de lado.

Aprender coisas novas

Já referi várias vezes o quanto continuar a aprender é fundamental para a minha evolução tanto a nível pessoal como profissional. A maior parte das vezes proponho-me aprender/experimentar matérias que gosto ou que tenho interesse em desenvolver, e muitas vezes surpreendo-me.
 
Por exemplo, há uns anos atrás decidi agarrar a oportunidade que o Conservatório de Música de Lagoa estava a proporcionar. Estavam a oferecer aulas gratuitas durante o Verão para os potenciais alunos experimentarem os diversos instrumentos musicais.
 
Devo dizer que andava super entusiasmada e experimentei todos os instrumentos que pude. Mas decidi não deixar nenhum de fora, ou seja, não escolhi apenas aqueles que achava que ia gostar. E ainda bem!
 
Foi uma experiência muito enriquecedora não só porque me fez ter contacto com instrumentos que nunca tinha tocado, mas também porque me fez ver que não sabemos se gostamos de algo sem nunca termos experimentado. Foi o que me aconteceu! Achei que não ia gostar da aula de percussão/bateria e foi das aulas que mais gostei. Por outro lado, tinha bastantes expectativas com aula de violino e não gostei nada.
 
Hoje em dia, tenho sempre esta experiência em conta e quando escolho algo novo para aprender, tento não fazer julgamentos pré-concebidos. Assim, saio da minha zona de conforto e acrescento mais áreas de conhecimento à minha experiência.
 

Experimentar coisas diferentes

Todos os dias nos deparamos com oportunidades de experimentar coisas novas. Só precisamos de estar atentos. Não devemos passar por elas sem nada fazer. Temos que ativar a mente para a apreensão dessas novas sensações, dessas novas experiências, dessas novas oportunidades.
 
Se te perguntar o que é que experimentaste ontem? Ou o que é que estás a aprender hoje em dia? Consegues dizer?
 
De que nos serve ver, ouvir e sentir, se nunca vemos, ouvimos e sentimos coisas diferentes? Quando andava na escola a estudar história de arte, li um livro da minha mãe: “As Oscilações do Gosto” de Gillo Dorfles. Este filósofo italiano falava de algo que nunca mais me esqueci: “só se gosta do que se conhece”. E ao longo do tempo tenho verificado em várias situações essa verdade. Se não experimentarmos algo, como sabemos se gostamos ou não?
 

Quebrar a rotina

Uma forma muito simples de aumentar a minha zona de conforto é quebrar a rotina sempre que possível.
 
Eu sou daquelas pessoas que gosto de ter uma rotina, mesmo que flexível. No entanto, gosto de pensar que uma das mais valias em ter uma rotina é poder quebrá-la.
 
E é tão fácil fazê-lo sem prejudicar os nossos planos e objetivos. Posso por exemplo ir almoçar com uma amiga em vez de almoçar em casa, ou explorar um caminho novo quando vou a algum lado. Posso meter conversa com alguém que cumprimento todos os dias mas que nunca me atrevi a falar, ou posso ir ler um livro para uma esplanada em vez de ler em casa.
 
São pequenos mas grandes gestos que fazem toda a diferença num dia normal e que aumentam a nossa zona de conforto.
 

Criar desafios

No seguimento da descoberta que vou fazendo de mim própria, vou identificando as minhas falhas, os meus receios e medos e vou dando alguns passos para acabar com estes obstáculos. Vou-me desafiando aos poucos, uma coisa de cada vez. E vou-me encontrando aos poucos.
 
Já criei vários desafios ao longo da minha jornada: desafios de leitura, de corrida, de meditação, viajar sozinha, desportos radicais, e muitos outros. Tudo o que sejam experiências que me desafiem de alguma forma e que contribuem para o meu crescimento, eu abraço.
 
Estes pequenos grandes desafios são verdadeiras saídas da minha zona de conforto e ao superá-los estou a contribuir para o crescimento desta zona que é cada vez maior.
 

Deixar as desculpas de lado

O maior obstáculo para este meu desenvolvimento sou eu própria, quando começo a inventar desculpas. Uma vez que já identifiquei as minhas desculpas mais frequentes aqui, tenho mais facilidade em reconhecê-las e desta forma tento dar-lhes a volta.
 
Mas nem sempre é fácil e confesso que estou constantemente a encontrá-las na minha vida. O facto de saber que as tenho que eliminar, às vezes ajuda-me a seguir em frente e deixar as desculpas de lado.
 
Este é talvez o maior desafio de todos: deixar-me de desculpas. No entanto, também o combate a este obstáculo me faz ir aumentando a minha zona de conforto.
 
 
E tu? O que fazes fora da tua zona de conforto? Já pensaste em aumentá-la? O que mais sugeres que se faça para que a nossa zona de conforto cresça?
 

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